
Foto: Hugo Santarém
A poeta e escritora Ana Macia Barros, da Academia Gurupiense de Letras, esteve na noite de quinta-feira, 20,comandando a terceira edição do projeto Rodas Machadianas de Leitura, em Gurupi, na sede da Eaducom, para os acadêmicos do quarto período do curso de Letras.
O projeto é uma iniciativa da Fundação Cultural do Tocantins em parceria com as Academia Tocantinense de Letras e as Academias de Letras de Palmas Gurupi e Araguaína e está inserido na programação comemorativa ao centenário da morte de Machado de Assis.
A professora do curso de Letras, Valquíria Nunes, disse que ficou maravilhada com os resultados das Rodas Machadianas de Leitura entre os seus alunos, destacando a forma inovadora de despertar nos alunos o prazer pelo hábito da leitura.
"As Rodas Machadianas de Leitura são uma forma gostosa de lermos e debatermos sobre a obra desse grande escritor da literatura brasileira, pois dessa forma, possibilita-se maior compreensão do texto de Machado de Assis", afirmou.
Para Ana Márcia Barros, que atuou como leitora-guia nesse projeto, a experiência foi gratificante e ao mesmo tempo, um grande desafio, pois, segundo ela, não é nada fácil trabalhar com esse tipo de obra, principalmente, o conto machadiano que é uma verdadeira arte de pormenores, de sutilezas, em que há o engate perfeito da simplicidade do estilo, do humor e da reflexão. "Nem por isso deixou de ser uma atividade prazerosa", finalizou. (Zacarias Martins)
Ceila Menezes
Gurupi - Correspondente
Em mais um lançamento, o poeta, jornalista e escritor Zacarias Martins lança um olhar crítico sobre os acontecimentos e escreve páginas repletas de humor e dizeres, até mesmo exóticos, sobre a cidade de Gurupi no seu mais novo livro, Histórias da História de Gurupi, que será lançado hoje, às 20 horas, no Centro Cultural Mauro Cunha, em Gurupi.
Este é o sétimo livro individual de Martins, sendo o primeiro no gênero de crônicas, uma vez que as publicações anteriores eram todas de poesias. “São 11 crônicas especialmente selecionadas sobre fatos pitorescos que aconteceram na cidade nos últimos 25 anos, muitos dos quais, quase passaram despercebidos à época e que busquei retratar de uma forma diferente, com pinceladas de humor”, afirma Martins.
Entre os fatos relatados em seu livro, Zacarias Martins cita como exemplo a notícia que se espalhara pela cidade, em meados de 1994, de que alguém havia deixado uma bomba na agência da Caixa Econômica Federal, fato que gerou pânico na cidade, tomando conta dos clientes, que imediatamente deixaram o local às pressas. Na época do fato, a polícia foi acionada isolando a agência, fechando o trânsito nas proximidades, chamando a atenção de vários curiosos que se amontoavam na busca de novidades sobre o assunto. No final, constatou-se tratar de uma bomba d’água, dessas utilizadas em cisternas e que havia sido esquecida por um cliente. Além deste fato curioso, o livro apresenta ainda outros sobre a história da cidade.
A obra é ilustrada com fotos atuais e antigas de Gurupi, tendo recebido ainda apreciação crítica da professora de Literatura do Departamento de Letras do Centro Universitário Unirg, Maria Wellitania de Oliveira Cabral. Ela afirma que o elo entre os temas abordados realiza no discurso, crítica política e social, o que ainda, de acordo com a professora, é fruto do conflito entre o mundo ideal e o mundo real, sob o ponto de vista do autor. A professora afirma ainda que o escritor demonstra a convicção de que esses textos contribuem para cidadania e que a sociedade precisa dispor de fontes de informações que possam permitir conhecer o que se passa em sua volta, além de proporcionar aos cidadãos leitores a formação de opiniões próprias sobre tais fatos. “O autor depara-se com a memória e o real, o ontem e o hoje, a busca em conciliar a história e a arte. “Neste sentido, o discurso recorrente desenha o retrato da memória, ou seja, a fantasia do passado, numa tentativa de manter viva a história, a tradição e os movimentos culturais que caracterizam o povo gurupiense”, explica.
Lançamento
A programação de lançamento do livro também, contará com a exibição do vídeo-documentário Gurupi - 50 anos, produzido por acadêmicos do quinto e sétimo período do curso de Jornalismo da Unirg, tendo direção do professor Sandro de Oliveira.
O vídeo-documentário resgata a memória de Gurupi por meio de alguns membros importantes da sociedade gurupiense, como pioneiros que chegaram na região por volta da década de 50 ou 60 e que contam como era a cidade, as transformações sofridas e as expectativas para o futuro.
Também faz parte da programação a palestra Novidades e não novidades na obra de Machado de Assis, com o professor Fabiano Donato.
PERFIL Jornalista, cronista, conferencista e ativista cultural, Zacarias é paraense, de Belém, mas tocantinense de coração. Reside em Gurupi desde 1983. É autor de seis livros individuais de poesias, tem ainda participação em dezenas de antologias literárias. Atualmente é assessor de imprensa do Hospital de Regional de Gurupi, diretor da Regional Sul da Associação Tocantinense de Imprensa e membro fundador das Academias Tocantinense e Gurupiense de Letras. É autor dos livros Transas do Coração (1978), O Poeta de Belém (1979), Poetar (1980), O Profeta da Felicidade (1984), Vox Versus (1986) e Pinga-Fogo (2004). SERVIÇO O quê - lançamento do livro Histórias da história de Gurupi |
Matéria publicada no Jornal do Tocantins, Caderno Arte & Vida, edição de 11/11/208
Por Zacarias Martins
Tendo em vista o surgimento constante de novas tecnologias, quando chega o período eleitoral, candidato que se preza, não abre mão de utilizar de alguns recursos para aparecer bem na foto. Afinal, como dizem os marqueteiros: imagem é tudo!
O problema é que certos tipos de candidatos ou candidatas se embriagam tanto com essas tecnologias que deixam de enxergar uma realidade que, não raro, beira ao rídiculo. O "rejuvenescimento precoce" dos polítiocs nas propagandas é algo verdadeiramente assombroso.
É sempre assim. Quando chega o período eleitoral, a história se repete: os profissionais que atuam como arte-finalistas em gráficas ou agências de publicidade têm que se redobrar no trabalho de melhorar a imagem dos candidatos ou candidatas.
Muitos arte-finalistas conseguem fazer verdadeiras transformações na imagem dos políticos. Afinal, a foto "trabalhada" é para ilustrar o cartaz, o adesivo, o banner e o "santinho" dessa turma. Tudo com o objetivo de conquistar o eleitorado. Mas há exeções, é claro, pois para certos tipos de feiúra não existe conserto. Milagre é prerrogativa exclusiva de Deus.
Mas afinal, podemos ou não acusar de prática de propaganda enganosa quem exagerou no photoshop e depois conseguiu se eleger?
Por Zacarias Martins
Um grupo de 20 acadêmicos do quarto período do curso de Farmácia da Faculdade Unirg esteve ns dias 28 e 29 de março em Natividade, a 226 km de Palmas, participando do Projeto Trilha, coordenado pelo professor Cláudio Franco Diniz. A iniciativa contou com o suporte técnico da zootecnista Mileny Simão, coordenadora da Escola Agrotécnica de Natividade a participação de cerca de 150 alunos e funcionários daquela instituição.
Diniz explicou que o projeto objetiva proporcionar aos acadêmicos do curso de Farmácia um contato real, ativo e participativo com a biodiversidade vegetal típica da região do cerrado disponível na Serra de Natividade, possibilitando a prática do que estudaram nas disciplinas de Farmacobotânica e Farmacognosia.
"Realizamos uma abordagem prática junto aos acadêmicos, explorando e relacionando com os aspectos históricos, sociais, culturais, econômicos e ambientais da região", afirmou o professor, ressaltando ainda que foi praticado o ecoturismo sob a ótica da conservação e preservação dos recursos naturais e, conseqüentemente das plantas medicinais, e da valorização da riqueza social, histórica e cultural de Natividade em contexto local, regional e nacional.
Também aconteceram palestras e oficinas na Escola Agrotécnica de Natividade visando a divulgação da utilização empírica e científica da flora medicinal da região na terapêutica de bovinos, suínos e aves.
Trilhas Ecológicas Interpretativas
Foi realizada uma trilha interpretativa com os acadêmicos no lado norte da Serra de Natividade, com o eixo temático a "Flora Medicinal do Cerrado". No decorrer da trilha foram demonstradas espécies vegetais e informadas as suas características biológicas e ecológicas, as formas de uso pela população, as indicações terapêuticas e possíveis contra-indicações.
De acordo com o professor Cláudio Diniz, a interpretação ambiental se fundamenta na captação e tradução das informações do meio ambiente. Contudo, não lida apenas com a obtenção de informações, mas com significados, buscando firmar conhecimentos e despertar para novos, exercitar valores cognitivos, criar perspectivas, suscitar questionamentos, despertar para novas perspectivas, fomentando a participação da comunidade e trabalhando a percepção, a curiosidade e a criatividade humana.
"O instrumento da educação ambiental visa a integração sócio-ambiental através do conhecimento dos recursos naturais e da valorização do meio ambiente, da transformação do ser humano em agente transformador e multiplicador das concepções obtidas e absorvidas e da melhoria da qualidade de vida", explicou enfatizando ainda que as trilhas, como meio de interpretação ambiental, visam não somente a transmissão de conhecimentos, mas também propiciam atividades que revelam os significados e as características do ambiente por meio do uso dos elementos originais, por experiência direta e por meios ilustrativos, sendo assim instrumento básico de programas de educação ao ar livre.
"Assim, as trilhas constituem um instrumento pedagógico importante, por permitir que em áreas naturais sejam criadas verdadeiras salas de aula ao ar livre e verdadeiros laboratórios vivos, suscitando o interesse, a curiosidade e a descoberta e possibilitando formas diferenciadas do aprendizado tradicional", finalizou
Foto: Cláudio Frascari