Nos últimos tempos o fantasma da inflação voltou a assombrar a vida dos brasileiros. E os sinais de que algo não ia bem com a economia do País surgiram primeiramente nos supermercados, na hora de encher, ou melhor, de se tentar encher o carrinho de compras.
Nas compras do dia-a-dia não é difícil perceber que precisamos de uma quantia cada vez maior para comprar as mesmas coisas que comprávamos há 30 dias atrás. E olha que estou falando apenas dos itens considerados básicos da alimentação.
Há pouco mais de uma semana o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística publicou os dados mensais de emprego e renda nas seis maiores áreas metropolitanas do Brasil. Comparado com os últimos seis anos, verifica-se que o desemprego caiu, mas curiosamente a inflação já causa diminuição de renda do trabalhador brasileiro.
De que vale apenas ter emprego se o poder de compra diminuiu?
O fato vem se tornando mais uma dor de cabeça para o governo, com o agravante de estarmos em ano eleitoral. A rigor, Lula não tem muito a ver com os problemas que os candidatos a prefeito se habilitam a resolver, mas sua figura deve pesar nas escolhas dos eleitores.
Enquanto isso, sabatinado esta semana durante audiência pública na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que a inflação preocupa o governo, mas que medidas já foram tomadas para controlar o seu crescimento.
Para o ministro, "Está havendo um certo exagero e alarmismo fora de propósito ao avaliar a inflação brasileira". Pena que os preços estampados nas gôndolas dos supermercados traduzem justamente o contrário.
Ilustração Myrria
Um comentário:
Tentam encobrir a inflação, mas ela está ai mesmo, dando as caras de novo. O salário dininui a cada hora, só o governo não vê. Abraços
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