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quinta-feira, 5 de julho de 2007

BREVE HISTÓRIA DE GURUPI






O Município de Gurupi se encontra localizado ao sul do Estado do Tocantins a 245 km de Palmas, capital do Estado, e a 742 km de Brasília-DF. Fica no limite divisório de águas dos rios Araguaia e Tocantins, ás margens da BR-153, no quilômetro 663 no sentido Brasília a Belém; entre os Paralelos 11 e 12.

Prefeito: João Lisboa da Cruz (eleito pelo PSDB, depois se filiou ao PPS e hoje (Julho/2007, está sem partido)- mandato 2005-2008

Limites e Confrontações:
Norte: Aliança do Tocantins
Sul: Cariri do Tocantins e Sucupira
Oeste: Dueré
Leste: Peixe
População: 71.413 habitantes (2005/IBGE)

Área:

A área do município de Gurupi é de 1.836 km².

Relevo:
O relevo do município de Gurupi é plano, mais ou menos ondulado, com altitude de 400m na sede. O solo é fértil, favorecendo o cultivo e a criação de gado. Apresenta a serra de Santo Antonio, Taipoca e outras.

Vegetação:
No município de Gurupi há predominância de dois tipos de vegetação: campos e cerrados e pequenas florestas.

Clima:
O clima é tropical megatérmico. Quente e úmido durante todo o ano, com período chuvoso entre os meses de Outubro e Abril e estiagem entre os meses de Maio a Setembro. A temperatura média anual de Gurupi permanece em torno de 35°.

Flora e fauna:
Há pequenas florestas que fornecem madeiras como jatobá, peroba, ipê, aroeira, e outras. A fauna se encontra limitada, mais ainda podem ser vistos animais selvagens como veados, tatus, macacos, emas e variedade de aves e insetos.

TOPÔNIO
De acordo com o historiador Adauto Cordeiro Cavalcante, no seu livro “Gurupi”, edição UFG, 1968, etimologicamente Gurupi significa ’’diamante puro’’, que é originário da língua Tupi do (língua bela) idioma falado por todos os índios da América Meridional e constitui-se por dois elementos básicos: “guru” (diamante) e “pi” (pé, caminho, base, origem, puro).

A INSTALAÇÃO DO MUNICÍPIO
A emancipação do município por força da Lei Estadual número 2.140, de 14 de novembro de 1958. O município foi instalado em 1º de janeiro de 1959, em sessão solene presidida pelo Juiz de Direito Feliciano Machado Braga, um dos principais articuladores da luta separatista do então norte de Goiás.

NAS MARCAS DO TEMPO

É impossível falar de Gurupi, sem associá-la à BR-153. Isso porque a história da cidade está intimamente ligada a construção da Belém-Brasília, marco do surgimento e desenvolvimento de muitas outras cidades, ao longo de sua extensão no antigo Norte goiano.

Dados históricos dão conta, que o fundador de Gurupi, Benjamim Rodrigues chegou a procurar o engenheiro da rodovia Bernardo Sayão, em Goiânia, para uma exposição de motivos de a mesma cortar as férteis terras recém-habitadas pela sua família, e outros aventureiros.

A instalação definitiva do fundador de Gurupi na região se deu em 1952, ocasião em que concluiu a picada da rodovia projetada por Bernardo Sayão, até a estrada que ligava a cidade de Peixe a Porangatu; fez todo o levantamento da planta da cidade e construiu o primeiro comércio de Gurupi. A partir daí a paisagem do agreste foi dando lugar aos barracos de taipa dos novos moradores de varias outras localidades. A notícia do primeiro caminhão ao local já denominado de Gurupi é de setembro do mesmo ano, de propriedade do senhor Buta, que veio abastecer o comércio de Benjamim Rodrigues. A vocação para o comércio começou a partir desta data, e em pouco tempo a notícia se espalhou pelas regiões mais distantes e com isso, atraiu interesses de moradores de outras localidades, como Porto Nacional, Peixe, Cristalândia, Dueré e Formoso do Araguaia.

Em 1954, com a invasão das matas mais próximas ao povoado, foram lançadas as primeiras raízes para a formação de uma base agropecuária, destinada a dar vida própria ao local. Até então os moradores compravam arroz e outros alimentos em Cristalândia. Neste mesmo ano é rezada a primeira missa, pelo Bispo Dom Alano, de Porto Nacional e iniciado o alicerce para construção da primeira igreja, mais tarde denominada de Matriz de Santo Antônio.

Em poucos anos de povoamento do local, já era visível o progresso nos ramos da agricultura, pecuária, e a abundante colheita de cereais transformou o povoado em um pequeno pólo exportador. Em 1955, por sugestão de um dos pioneiros houve a votação para escolha do padroeiro da cidade, Santo Antônio e, iniciado o movimento político no sentido de eleva-lo à categoria de distrito. No mesmo ano, o Bispo Dom Alano, auxiliado pelo engenheiro Bernardo Sayão, fundou a escola Paroquial. Foram iniciados ainda os primeiros serviços médicos, embora bastante rudimentares, providencias na época, além do primeiro consultório dentário.

Os próximos anos foram de muito progresso e, graças ao grande surto imigratório, o povoado passa à posição de distrito de Porto Nacional, que culmina com a sua emancipação política e instalação do município de Gurupi, em janeiro de 1959. Com isso expandem-se as construções, ruas, praças e avenidas, forçando cada vez mais a aceleração dos serviços de melhoramento urbano. O primeiro prefeito nomeado de Gurupi foi Melchiades Barros dos Santos, mais conhecido como “Doca Barros”. Para o cargo de primeiro juiz, foi nomeado Clemente Luiz de Barros.

No ano seguinte é instalada a Câmara Municipal com a posse dos vereadores Raimundo de Sousa Camelo(Presidente), Moisés Avelino Lustosa Brito, Joaquim Gomes de Oliveira (Ozico), João Manoel dos Santos (João Paraibano), Nelson Dias Fernandes, Francisco Santana e Antônio Luiz Leitão Brito.

Ainda em 1961, foi instalado o primeiro cartório do segundo oficio e realizada a primeira eleição para escolha do primeiro Francisco Henrique Santana e Luiz Brito Aguiar para vice. A partir daí, com o advento de firmas de maior porte, Gurupi desponta como uma das cidades mais progressistas do Norte de Goiás e assume o papel de liderança sobre as demais da região.


OS PREFEITOS DE GURUPI

Nomeados
Melchiades Barros – Administrou em 1959.
João de Souza Brito – Administrou em 1960.

Eleitos
Francisco Henrique de Santana - Esteve na prefeitura de 1961 a 1964.
Luiz Brito Aguiar – Era vice de de Francisco Henrique de Santana. Com a morte deste assumiu a Prefeitura até 1965.
João Manoel dos Santos – Administrou de 1966 a 1970.
Joaquim Pereira Costa – Foi prefeito pela primeira vez de 1970 a 1973 retornando à Prefeitura em 1978 onde ficou até 1983.
Manoel Ildon de Pina – Administrou Gurupi de 1974 a 1977.
Jacinto Nunes da Silva – de 1983 a 1988.
Adão Ferreira – Era presidente da Câmara de Gurupi quando Jacinto Nunes da Silva faleceu vítima de acidente automobilístico. Administrou a Prefeitura de outubro a dezembro de 1988.
João Lisboa da Cruz – 1989 a 1992.
Raimundo Aimar – 1993 – 1996
Tadeu Gonçalves – 1997 – 2000
João Lisboa da Cruz – 2001 – 2004, sendo reeleito para o mandato

A CIDADE DOS BENJAMINS
A passagem da Coluna Preste, ou os revoltosos, como eram conhecidos pela região, quebrou o silêncio e apressou o povoamento do Vale do Leste, e, conseqüentemente, das matas do Gurupi. Os ribeirinhos ou beradeiros da margem direita do Tocantins, aterrorizados com a chegada das tropas, fugiram, atravessando o caudaloso rio e se instalando nas margens esquerdas do Tocantins. Alguns embrenharam mata adentro, alcançando a serra do Santo Antônio. Mas não ousaram atravessar a tal serra, pois do outro lado pairava a ameaça do lendário Cacique Gurupi, índio destemido e valente, de tribo desconhecida, que dominava a região.

Entre o medo e o pavor, foram ficando, chefiados por Benjamim Carvalho de Lima, o Bião, vaqueiro forte e afeito aos gerais, aventureiro e destemido. Por onde passava, Bião e sua comitiva iam nomeando rios e riachos.
Encantado com a região resolveu se instalar às margens do Pouso do Meio, e desenvolver suas atividades agropecuárias.

O FUNDADOR
Outro Benjamim, mais famoso deles, próspero comerciante, acabou descobrindo o encanto das matas do Gurupi, onde resolveu instalar seu comércio e trazer a família. Abriu a golpe de machado estradas que tiraram precariamente o povoado do isolamento. Para assegurar o povoamento e o desenvolvimento, passou a distribuir terras.

Esforço recompensado, o povoado foi elevado a distrito em 1956 e emancipado dois anos depois, em 1958, tornando-se cidade.

Benjamim Rodrigues Nogueira (1900-1985), fundador da cidade de Gurupi, era um homem de estatura média, olhos castanhos – claros, pele clara-avermelhada, tostada pelo sol ardente dos trópicos, alegre, jovial e hospitaleiro. Era filho de José Rodrigues Nogueira e de Maria Batista Araújo Rodrigues e nasceu em 30 março de 1900, às margens do rio Tocantins, em Tocantinia, Estado do Tocantins. Faleceu aos 85 anos na cidade de Gurupi em 13 de agosto de 1985. Era casado com Eurídice Rodrigues Brito com quem teve os filhos Moacyr Rodrigues Brito, Edson Rodrigues Brito, Iraídes Rodrigues Brito, Maria de Lourdes Rodrigues Brito e Eurivan Rodrigues Brito.

Gurupi cresceu e se beneficiou com o esgotamento das jazidas cristalinas. Entre o fim da década de 40 e o início dos anos 50, as minas começaram a fechar, e os aventureiros e garimpeiros colocaram o pé na estrada. Gurupi era o destino final. Essa demanda populacional foi decisiva para a recém-emancipada cidade, que ganhou novo impulso com a construção da rodovia Belém-Brasília, BR-153.

CINE TEATRO BOA SORTE
Um empreendedor chamado Moises Lustosa Brito, rico faisqueiro dos garimpos de cristais, é tido como promotor do progresso gurupiense. Abriu estradas, comércios, gerou muitos empregos e divisas no município. Além desses negócios, montou o Cine teatro Boa Sorte, o primeiro cinema da cidade, incentivando a cultura, Moisés Brito foi um homem arrojado, e assegurou um salto no desenvolvimento de Gurupi.

ECONOMIA
Um bom roteiro para quem quiser confirmar a boa fase em que está vivendo a economia do município de Gurupi, cidade localizada na região Sul de Tocantins e administrada pelo prefeito João Lisboa da Cruz , pode ser realizado em poucas horas. No trevo do Parque Agroindustrial, por exemplo, existe grande base distribuidora de combustíveis, a Petrotins. Os trechos urbano e suburbano da rodovia BR-153 que corta a cidade virou um grande canteiro de obras. Vários empreendimentos se instalaram, como é o caso do Gurupi Auto Posto Décio, considerado o maior posto de serviços da região norte do país. Também foi construido na estrada que vai para Peixe foi construído um confinamento para mais de cem mil cabeças de gado, bem como, a instalação das empresas Noma Carrocerias, Distribuidora Coca-Cola, Disbrava Caminhões e Teti Caminhões, só para citar algumas. Ainda no Parque Agroindustrial está instalado a Cooperfrigu, que é o segundo maior frigorífico do Tocantins, exportando carne bovina para vários países.

MAIS ATRATIVOS

O Parque Agroindustrial de Gurupi (PAIG) também está recebendo vários benefícios, como a ampliação da rede de energia elétrica, iluminação pública, pavimentação asfáltica nos trechos que ainda não receberam esse benefício, bem como a construção de um Posto Policial. A atenção especial dispensada ao PAIG pela Prefeitura Gurupi, não visa apenas atrair novos empreendimentos, mas também, criar mecanismos que facilitem o desenvolvimento das empresas ali já instaladas. Incentivos fiscais e a doação de áreas para novos empreendimentos fazem parte da política de atrativos disponibilizados pela Prefeitura de Gurupi e que tem chamado a atenção de empresários de todo o Brasil.

Pólo universitário
Já nas proximidades do Conjunto Residencial Parque das Acácias foi construído o monumental campus da Faculdade Unirg (embrião da futura Universidade Regional de Gurupi). Hoje conta hoje com 15 cursos de graduação. Tem ainda a linha de transmissão da Usina de Peixe, que se encontra em construção. Saindo de Gurupi, a subestação de Furnas também está em obras. O aeroporto local recebeu iluminação noturna para facilitar pousos e decolagens de aeronaves pequenas e de médio porte à noite.

CULTURA EM DESTAQUE
A Fundação Cultural de Gurupi está localizada na Avenida Maranhão, 1507 – Centro – CEP: 77410-020 - Fone: (63) 3312-5767 – Fax: (63) 3315-0000. Funciona no horário das 08 às 12 e das 14 às 18 horas, exceto sábados, domingos e feriados.

Compõem o Complexo da Fundação Cultural de Gurupi o Centro Cultural Mauro Cunha, Cine Teatro (em implantação) e a Biblioteca Pública Municipal Professora Deusina Martins Ribeiro, com acervo de 10.360 livros. A biblioteca funciona no horário das 08 às 22 horas, de segunda às sextas-feiras.

No Centro Cultural Mauro Cunha existe um amplo salão para a realização de feiras, palestras, seminários, conferências, exposições de fotografias, artesanatos e artes plásticas, lançamento de livros, apresentações cênicas, de dança e musicais, dentre outros eventos. O Centro Cultural Mauro Cunha é o local para onde convergem os principais eventos culturais de Gurupi. Entre as principais atividades culturais realizadas naquele local, está o Coral Municipal Uirapuru e a Banda de Música Ciney Santos Miranda.

MOVIMENTO CULTURAL
Gurupi sempre se destacou pelo movimento cultural, unindo artistas das mais diferentes vertentes na realização de eventos culturais.

No campo das letras Gurupi também é destaque. Foi a primeira cidade do interior tocantinense a fundar, uma academia de literária. Trata-se da atuante Academia Gurupiense de Letras (fundada em 30/11/1999) pelos escritores Zacarias Martins e Gil Correia e que freqüentemente realiza saraus lítero-musicais, apóia e incentiva a realização de concursos e eventos literários, lançamentos de livros, além de incentivar, também o surgimento de novos talentos no mundo das letras.

A classe artística também está unida em torno da Associação de Artes de Gurupi, da Associação dos Músicos e Compositores de Gurupi, e do Clube do Samba. A cidade conta com um expressivo número de músicos, muitos dos quais, com CDs gravados e vencedores de festivais de música pelo Brasil afora.

Nas artes cênicas vários grupos são atuantes, mostrando o talento e a vitalidade de nossos artísticas com uma produção teatral vibrante e de qualidade. O mesmo ocorre nas artes plásticas, no artesanato, na dança de rua e em outras manifestações culturais.

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(Bibliografia consultada: O Jornal (Palmas/TO), Almanaque Cultural do Tocantins; Revista Perfil(Gurupi/TO), livro "Gurupi", de Adauto Cordeiro Cavalcanti, Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Gurupi e arquivos do autor)

Um comentário:

Unknown disse...

Gostei muito de ler a história de Gurupi. Sou de Anápolis mas morei quando criança em Gurupi. Me mudei em 1981 e só em 2006 passe brevemente por Gurupi. Tenho saudades... Gostaria de saber se minha antiga professora do pré, Sra. Celina Souza Moraes, da Escola Presbiteriana. O sr. pode me ajudar nisso?
Obrigado. Euler Fleuri. E-mail: fleurisiqueira@yahoo.com.br.