“Esta obra representa a inquietude, o espanto, a perplexidade do “eu lírico” diante dos acontecimentos da vida, pois o homem é um ser que não sabe viver sem matar, não sabe amar sem ferir, e nem ganhar sem perder”. É assim que o poeta Dourival Santiago define o conjunto de poesias inseridas em “Barco de Pedra”, livro publicado pela Editora Kelps, de Goiânia (GO). Na visão do autor, esse mesmo homem é limitado demais, se perde nos labirintos das circunstâncias e quase sempre não vê a nobreza de seu coração.
Após as primeiras leituras de “Barco de Pedra”, é fácil concordar com a opinião do professor Gesimário de Carvalho, que assina o prefácio da obra, ao afirmar que ver algo de especial na poesia de Dourival Santiago, ressaltando que afora as rimas, o poeta não persegue a forma como o seu ideário. “Sua ambição maior é ser um repositório das situações afetivas mais singelas, mas não menos vitais no cotidiano humano. Tal prática se dá por intermédio de um lirismo simples e cativante, cuja maior escola na nossa poesia foi praticada por Manuel bandeira”, explica o professor.
SOBRE O AUTORDourival Santiago é natural de Miracema do Tocantins, mas reside em Paraíso do Tocantins desde 1970. Em 1977 enveredou-se pelos caminhos das artes cênicas, tendo escrito, atuado e dirigido vários espetáculos teatrais. Em 1982 venceu em Goiânia (GO), o Concurso de Poesias Grandes Talentos. Possui publicados os seguintes livros: “Pegadas do Sol” (Poesias - 1986); “O mundo não vale a minha mãe” (Poesias-1988) e que teve segunda edição ampliada em 2006. “Vida Humana”(Poesias-1994); “Gente do Interior” (Crônicas e Contos - 2004). Participou, ainda, da Antologia poética do V Prêmio SESI de Poesia (1977), V prêmio SESI de Contos tocantinenses (1999) e da coletânea “Na trilha do descobrimento do Brasil” (2000), em Santos (SP).
Dourival Santiago é titular da Academia Tocantinense de Letras, onde ocupa a cadeira 39, cujo patrono é o escritor, educador e humanista Ribeiro da Cunha. Também integra o quadro de Membro Correspondente da Academia Gurupiense de Letras.
Em Paraíso do Tocantins foi diretor de Cultura do Palácio de Cultura Cora Coralina,fundou o Grupo Independente de Teatro do Tocantins (GRITTO), e, em 2009, foi eleito presidente do Conselho Municipal de Cultura de sua cidade.