A Escola Municipal Gilberto Rezende Rocha Filho, em Gurupi, celebrou o Dia Nacional da Poesia, nesta segunda-feira, 14 de março, com uma palestra motivacional e de incentivo à leitura, seguida de recital de poesias. Na qualidade de membro efetivo da Academia
Tocantinense de Letras, participei desse importante evento literário.
A diretora da escola, Neuza Pereira, disse que a nossa presença nessa celebração ao Dia Nacional da Poesia, "é motivo de orgulho para toda a comunidade escolar, por se tratar de um poeta talentoso e de projeção nacional".
“O poeta Zacarias Martins é parceiro da nossa escola há muito tempo. Além disso, ele tem um jeito cativante, todo seu, de ministrar suas palestras motivacionais e de incentivo à leitura, o que prende a atenção dos nossos alunos”, afirmou a diretora, ressaltando que a leitura é primordial para a educação.
Ainda segundo a diretora, na atual conjuntura em que vivemos, num mundo com novas tecnologias ao alcance de todos, praticamente, não existe cultura e muito menos não existe educação, se não for trabalhado o incentivo à leitura. “Um país que não lê, não escreve, consequentemente, não está apto a desenvolver nem educação, nem a cultura”, concluiu.
Como poeta que sou, trabalhar a questão do incentivo à leitura junto ao alunado e ter a oportunidade de divulgar meu trabalho poético são coisas prazerosas. Sinto-me gratificado em poder colaborar, de alguma forma, para a formação intelectual desses alunos, para que no futuro eles possam se transformar em verdadeiros cidadãos, mais conscientes, com mentalidade crítica sobre seus direitos e deveres perante a sociedade onde vivem.
DIA DA POESIA
O Dia Nacional da Poesia foi criado para homenagear Antônio Frederico de Castro Alves, importante poeta brasileiro do século XIX que nasceu na cidade de Curralinho (Bahia) em 14 de março de 1847.
No período em que viveu (1847-1871), ainda existia a escravidão no Brasil. O jovem baiano, simpático e gentil, apesar de possuir gosto sofisticado para roupas e de levar uma vida relativamente confortável, foi capaz de compreender as dificuldades dos negros escravizados.
Manifestou toda sua sensibilidade escrevendo versos de protesto contra a situação a qual os negros eram submetidos. Este seu estilo contestador o tornou conhecido como o “Poeta dos Escravos”.
Aos 21 anos de idade, mostrou toda sua coragem ao recitar, durante uma comemoração cívica, o “Navio Negreiro”. A contra gosto, os fazendeiros ouviram-no clamar versos que denunciavam os maus tratos aos quais os negros eram submetidos.
Além de poesia de caráter social, este grande escritor também escreveu versos líricos-amorosos, de acordo com o estilo de Vítor Hugo. Pode-se dizer que Castro Alves foi um poeta de transição entre o Romantismo e o Parnasianismo.
Este notável escritor morreu ainda jovem, antes mesmo de terminar o curso de Direito que iniciara, pois, vinha sofrendo de tuberculose desde os seus 16 anos.